Introdução
Ter um seguro de vida é ter um prémio na cabeça se as pessoas que estão connosco não têm as melhores intenções.
Uma vez sentei-me com um casal, em que a mulher não parava de fazer perguntas sobre como a seguradora sabia que a morte tinha sido por homicídio, quais eram os procedimentos, que garantias tinha que recebiam…uma conversa interessante. Sobretudo se o marido não estava a perceber a deixa…
Mas muitas pessoas é só conversa, outros levam mesmo com o plano adiante. De seguida vamos ver 6 casos de fraude e homicídio para receber o valor do seguro de vida.
Caso#1: Mike Malloy
Caso#2: Kevin Pushia
Caso#3: Molly and Clayton Daniels
Caso#4: Julia Merfeld
Caso#5: Isaac Aguigui
Caso#6: Arti Dhir e Kaval Raijada
Caso#1: Mike Malloy
Um dos casos mais bizarros de fraude de seguro de vida, foi o caso de Michael Malloy em 1933.
Michael Malloy era um sem-abrigo alcoólico, que tinha por hábito perder os sentidos com o excesso de alcóol e cair no chão redondo, num bar local.
Farto deste indivíduo, o dono do bar e 5 amigos criaram um plano para se vingarem. O plano era fazer um seguro de vida em nome de Malloy e depois matá-lo para receberem o dinheiro. Iriam rapidamente saber que só ao fim da 7ª tentativa conseguiram matar Malloy.
Tentativa#1: Morte por excesso de álcool
A primeira tentativa deles foi tentar que Malloy bebesse até à morte. Aparentemente “esqueceram-se” que ele já era alcoólico, e por isso nºao resultou.
Tentativa#2: Morte por ingestão de anti-congelante
A segunda tentativa foi tentar que Malloy bebesse anticongelante. Também não funcionou.
Tentativa#3: Morte por ingestão de terebintina
A terceira tentativa foi tentar que Malloy bebesse terebintina. Também não funcionou. Este homem tinha aparentemente uma grande capacidade de bebida…
Tentativa#4 e 5: Morte por ingestão de veneno para ratos e comida estragada
Dado que bebida, seja de que fonte fosse, não estava a funcionar, este grupo decidiou passar para “alimentos” sólidos. Convidaram-no para jantar e puseram veneno de ratos na comida e noutra “versão” comida estragada. Também não funcionou.
Tentativa#6: Morte por congelação
Dado que nem a versão líquida, nema versão alimentar funcionou, uma noite este grupo esperou que Malloy perdesse os sentidos novamente no bar, arrastaram-no lá para fora para a neve, molharam-no com água gelada no peito e deixaram-no lá, esperando que morresse congelado….Nops. Lá se levantou e no dia a seguir estava sentado no bar novamente.
Tentativa#7: Morte por asfixiamento com dióxido de carbono
Este grupo finalmente matou Malloy ao asfixiá-lo por ingestão de dióxido de carbono
Conclusão:
Eventualmente apanhados, dado não lhes ocorrer que a seguradora solicita uma autópsia, foram todos condenados à morte na cadeira-eléctrica.
Caso#2: Kevin Pushia
Em 2010, o pastor e líder religioso de ume igreja em Baltimore, foi condenado a prisão perpétua pelo homicídio de Lemuel Wallace, um cego com deficiência mental associado à igreja de Kevin.
Kevin convenceu Lemuel a fazer um seguro de vida de $400.000 e que este o adicionasse aos beneficiários. Contratou depois 2 homens para apanhar Lemuel e o matar a tiro numa casa-de-banho ali próximo.
Pushia foi descoberto e preso, quando a seguradora notou que aparecia listado como irmão de Lemuel nos beneficiários.
Caso#3: Molly and Clayton Daniels
Molly perdeu o marido num acidente automóvel fatal em 2004. Foi o que contou à polícia. O marido tinha um seguro de vida de $110.000 e Molly iria receber este seguro. No entanto o que aconteceu foi bem mais bizarro.
Molly convenceu o marido Clayton a desenterrar um corpo do cemitério local, vesti-lo com as roupas dele e encenar a sua morte por acidente automóvel.
No entanto, a policia notou que as circumstâncias do acidente pareciam suspeitas. Não haviam marcas de derrapagem e determinaram que o incêndio do veículo começou no banco do condutor e não no motor.
O esquema de Molly e Clayton desmoronou-se quando testes de DNA determinaram que o corpo no lugar do condutor era de uma mulher e não de um homem.
A policia mais tarde encontrou documentos que Molly falsificou para criar uma nova identidade para o marido, incluindo uma certidão de nascimento e uma carta de condução.
Caso#4: Julia Merfeld
Julia Merfeld, com 21 anos, para receber o seguro de vida do marido de $400.000, entrou em contacto com um colega para a ajudar encontrar uma pessoa para cometer o homicídio. Este colega entrou em contacto com a polícia que arranjou uma reunião com Julia com um agente disfarçado que gravou a conversa toda.
Julia Merfield foi condenada a uma sentença de prisão de 20 anos.
Caso#5: Isaac Aguigui
Em 2014, o soldado Isaac Aguigui foi condenado pelo homicídio da sua mulher grávida Deirdre Aguigui. Isaac recebey $400.000 da morte da mulher e $100.000 dos custos do funeral.
Este dinheiro, veio-se depois a descobrir, fazia part dos planos de aguigui para financial um grupo terrorista constituido por ele e outros soldados. Foram encontrados planos desta organização de atentados bombistas e tentativas de assassinato do presidente.
Quanto esta fraude de seguro foi descoberta, Aguigui já se encontrava preso com sentença perpétua, por ter morto 2 pessoas que encontraram os planos da sua organização.
Caso#6: Arti Dhir e Kaval Raijada
Em 2015, Arti Dhir e Kaval Raijada, colocaram um anúncio num jornal indiano, para adoptar uma criança, que queriam adoptar e levar para o Reino Unido. Enquanto a documentação de Gopal Sejani, 11 anos, a criança que iria adoptar, estava a ser tratado, esta mulher de 50 anos fez um seguro de vida de €177.000 como única beneficiária em caso de morte da criança.
Em fevereiro de 2017, a criança foi sequestrada e esfaqueada na presença do cunhado.
As autoridades indianas garantiram que a criança já tinha sido alvo de duas tentativas de homicídio, tendo o homicida apenas conseguida à terceira tentativa.
Este casal aguarda sentença de prisão perpétua.
Conclusão
Apesar destes serem casos que envolvem fraude e homicídio, a realidade não deve ser pensada com base nestes casos, já que não são a maioria.
Se fossem, não haveria razão para continuar a haver seguros de vida, que já existem deste o tempo dos faraós no Egipto.
A lição a tirar destes casos é veres o nível de confiança que tens nos beneficiários do teu seguro de vida. É por ai que deve ser vista a questão no meu entender. E tu o que achas?
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